Ciclo
da įgua
Sistema de reciclagem da Natureza
Reciclagem significa, segundo o Dicionário da Real Academia submeter
repetidamente uma matéria a um mesmo ciclo para cumprir o incrementar
os efeitos deste (Dicionário de a Real Academia, XX Edição,
1984, Madrid). Nada se ajusta melhor a esta definição
que o ciclo HIDROLOGICO ou da água. O ciclo hidrológico
é um movimento continuo, um processo natural de reciclagem de
moléculas de água da terra ao ar e de regresso a terra.
A energia solar esquenta a água dos oceanos, mares e massas terrestres,
transferindo-as à atmosfera como vapor de água. Uma vez
na atmosfera, o vapor forma as nuvens. As nuvens são transportadas
por patrões da clima, que recebe influência da topografia
do terreno. Às vezes o vapor se condensa em forma de neblina
ou nuvens e eventualmente desce à Terra como precipitação,
acumulando-se em águas superficiais e sob o terreno. Ato contínuo,
o processo de reciclagem, com o regresso da água para a atmosfera,
continua. Os processos chave do ciclo hidrológico são:
evaporação, transpiração, precipitação
e a infiltração. Outros processos são a respiração
e a combustão.
Para seguir o movimento da água através deste ciclo, comecemos
pelo lado direito do desenho, onde a energia do sol está evaporando
a água do mar até a atmosfera. Enquanto o vapor ascende
dos oceanos e do terreno, deixa atrás de si minerais, tais como
sais, que podem converter em inóspita a terra. Mas nos oceanos,
este é só uma parte de um processo natural, que não
tem efeito daninho na vida marinha.
O vapor de água invisível se une então a procissão
de moléculas de água numa viajem que o levará de
regresso ao solo ou à água, em forma de precipitação.
A precipitação pode tomar uma das varias formas possíveis,
mas sempre começará como água congelada.
As moléculas de água se juntam e se lançam até
a superfície da Terra. Assim, a água termina como gota
de chuva, cristal de neve ou granizo, o que depende da estação
do ano, da localização e do clima.
Nem toda a água chegará a Terra. Alguma se evaporará
no caminho entre as nuvens e a Terra e então regressará
a atmosfera para iniciar de novo o ciclo.
Quando chegar a Terra, correrá sobre a superfície do terreno,
se infiltrará (enchendo os espaços porosos que existem
entre as partículas que compõem o solo), ou cairá
num corpo de água (riacho, rio ou lago).
Este caminho pode ser interceptado mediante práticas de conservação,
como são a construção de pequenas represas, platôs,
e canais revestidos de grama. Estas práticas permitem que a água
se infiltre e se detenha como água superficial.
Pequenas quantidades de água são retidas e mantidas por
plantas, edifícios, automóveis, maquinaria e outras estruturas
até que se evaporam e regressam à atmosfera.
À medida que os motores fazem seu trabalho de gerar potência
aos veículos, parte de seu descarte consiste de vapor de água
que são lançados à atmosfera através do
processo de combustão e queima. E os animais inalam vapor de
água quando respiram.
A maior parte de água se infiltra no terreno. Parte de água
será absorvida pelas raízes das plantas, para logo ser
transpiradas ou expulsas ao ar através de suas folhas em forma
de vapor de água. Outra porção de água se
moverá lentamente até os aqüíferos subterrâneos,
percolando através do solo até chegar ao leito de rocha.
Eventualmente, por meio de poços ou drenagem, a água subterrânea
pode ser extraída e usada.
Outra parte da água ascenderá lentamente através
do solo e do leito de rocha até chegar a superfície em
forma de mananciais ou de poços artesianos.
O excesso de água correrá sobre a superfície do
terreno até os corpos de água, arrastando terra valiosa
e todo o que se adere às partículas de terra. Então,
o processo de evaporação, assim como o da transpiração,
respiração e combustão, começa de novo.
E a interminável reciclagem da água continua.
A RESPEITO DA ÁGUA
Ainda que a água que se encontra em nosso redor seja em forma
visível ou invisível, de alguma maneira continuamos considerando-a
um mistério, já que é um dos recursos dos quais
menos se conhece.
Todos temos contato direto com a água; diariamente, a cada minuto.
Quando respiramos, inalamos e exalamos, estamos respirando material
de despejo, incluindo vapor de água. Esse vapor de água
provém da água que bebemos, dos alimentos que comemos
e do ar que respiramos.
A água nos rodeia. Está no ar como chuva, gelo, vapor
ou neblina. Está nos lagos, nas correntes, nos rios, nos mares
e nas calotas polares. É a maior componente do volume das plantas
e animais, incluindo os humanos. Os humanos estão compostos de
aproximadamente 65% de água. No sangue contém aproximadamente
entre 80 e 90% de água, e nos músculos são compostos
de, aproximadamente, 75% de água. Para manter o corpo funcionando
necessitamos de 2,6 a 2,8 litros de água diariamente. Ainda que
a uma pessoa lhe bastaria para subsistir 3,75 litros de água
ao dia para tomar, cozinhar e lavar, isto raramente ocorre. Uma pessoa
dos países europeus usa entre 300 e 380 litros de água
ao dia. Isto é muito diferente em comparação com
os 10,8 a 15 litros ao dia que usava uma pessoa nos tempos medievais,
ou os 150 a 200 litros diários que consumimos em Alagoas.
Quando vamos à fonte para tomar um gole de água fresca
e limpa, essa água é nova para nós. Mas realmente
não é água nova. Essa água tem sido reciclada
uma e outra vez desde o começo do universo, por diversas formas
de vida, como um dinossauro, um coelho, uma lagartixa e até por
nossos antepassados. Um fato muito importante para recordar é
que, a cada momento, temos toda a água que teremos ou que já
tivemos. Não se está produzindo água nova.
O que é exatamente a água? Em termos simples, a água
é um composto de dois átomos de hidrogênio atraídos
e unidos a um átomo de oxigênio. Os átomos de hidrogênio
permitem alcançar as baixas temperaturas de congelação
e as altas temperaturas de ebulição.
Ainda que a superfície da terra seja composta por aproximadamente
75% de água, só uns 3% é de água doce; dessa
parcela, cerca de 75% se encontra em forma congelada nas capas de gelo
polares, tornando seu uso econômico praticamente impossível,
conseqüentemente, a quantidade de água disponível
aos humanos é relativamente grande, mas pode estar limitada,
dependendo de onde se vive.
ÁGUA E CONSERVAÇÃO
Ainda que exista pouco controle sobre ciclo hidrólogo e o fornecimento
primário seja fixo, usualmente a água pode ser administrada
e conservada, desde que disponível devido à precipitação.
A administração da água começa com o manejo
do solo. Já que o abastecimento de água chega a nós
em forma de precipitação que cai sobre terra, o destino
de cada gota de chuva, floco de neve ou de granizo, depende principalmente
de onde caem, do tipo de solo e da cobertura do mesmo.
A erosão do solo começa com uma gota de água explorando
as partículas de solo como uma pequena bomba. O solo começa
a mover-se e se formam pequenos riachos pelos quais a água encontra
seu caminho através da superfície terrestre. Se não
são tomadas providências, se formará uma grande
garganta. Num período de vários milhões de anos,
essa garganta pode converter-se quase literalmente em um Grande Canyon
como o que se encontra à sudoeste dos Estados Unidos da América
do Norte.
Outra forma de erosão é a Erosão Laminar a qual,
como seu nome indica, move a superfície do solo em lâminas
extensas, mas delgadas, que usualmente são quase imperceptíveis.
A erosão ocorre onde houver solo desprotegido: nas estradas,
nas fazendas, nos pátios das escolas, em novas construções,
nas casas, nos parques e nos bosques.
Uma tempestade ou uma chuva forte descarrega milhões de toneladas
de água sobre a terra. A força dessa água pode
afetar severamente a paisagem se não se toma as precauções
adequadas. Gota a gota a água golpeia o solo, aflorando suas
partículas e deslocando-as por distâncias curtas ou pode
transportá-las até lugares muito distantes. Desta forma,
a erosão do solo pela água, é um evento natural.
A erosão é a fonte dos sedimentos que enchem as barragens,
lagos e correntes com contaminantes potenciais que podem matar a vida
aquática. O sedimento pode encurtar a vida útil de represas
e barragens, obstruir os canais de navegação e afetar
a quantidade e qualidade da água servida a povoados e cidades.
A água e o solo descobertos e desprotegidos representam um problema
de erosão que pode controlar-se mediante práticas de conservação
vegetativas. A idéia é interceptar e reduzir o impacto
da caída ou escoamento da água, permitindo-lhe empapar
o solo para o uso das plantas ou escorrer de uma maneira segura e controlada.
Os ramos e as folhas de árvores e arbustos, a grama, o mato e
até as ervas daninhas ajudam a diminuir a força de arrasto
da chuva e a manter o solo em seu lugar. É possível proteger
o solo desprovido de vegetação por meio de camadas de
palha e gravetos.
As pequenas represas nos riachos situados acima da bacia hidrológica,
ajudam a controlar o fluxo de água e a proteger as conseqüências
decorrentes de uma erosão acelerada.
Algumas das práticas de conservação de solos que
detêm a água e protegem da erosão lugares onde há
terrenos arados, consistem em arar a terra mantendo a curva de nível,
construir terraços, assim como canais revestidos de grama para
transportar o excesso de água.
Em cidades e subúrbios, onde a maior parte do terreno se utiliza
para ruas, edifícios, centros comerciais, aeroportos e áreas
industriais, a precipitação determina uma correnteza no
solo 10 vezes mais rápida que em terrenos não pavimentados.
E como esta água não pode penetrar no solo, seu volume
aumenta, na medida em que recebe as águas vindas dos sistemas
de drenagem e esgotamento sanitário. Ao movesse com tal velocidade
e volume, arrastará o lixo e outros contaminantes sedimentados
nestas tubulações e os arrastará aos rios e riachos.
Nas áreas urbanas, se aplicam os mesmos princípios de
conservação e administração: interceptar
a força da corrente de água, detê-la, controlá-la
e reduzir a quantidade de água que corre pela superfície
do terreno.
À medida em que a população cresce, diminui a demanda
de água para consumo humano. De seu lado, a quantidade de água
disponível não aumenta. O uso da água em países
industrializados continua incrementando-se. A administração
adequada da água disponível afeta a qualidade e a quantidade
de água necessária para suprir as necessidades da crescente
população, freqüentemente em locais que tem pouca
disponibilidade de água.