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História

Brasil: saneamento e água no século XX e XXI

No final do século passado, o Brasil era conhecido no exterior por ser um local onde proliferavam epidemias de febre amarela, varíola e peste bubônica. As cidades constituíam viveiros de ratos, pernilongos e outros vetores de doenças. Devido à gravidade da situação, o medico Emílio Ribas realizou uma campanha de combate à febre amarela em São Paulo, atacando focos do mosquito transmissor da doença.
Baseado no sucesso desse trabalho, o higienista Osvaldo Cruz, diretor-geral de Saúde Publica do governo federal, iniciou em 1903, no Rio de Janeiro, verdadeira luta tentando erradicar essas epidemias.
Para acabar com os criadouros de insetos e também de roedores, sua equipe utilizou todos os meios disponíveis para limpar e desinfetar casarões, ruas e terrenos baldios. Essa campanha teve resultados excelentes, mais gerou muitas polemicas e enfrentou adversário, pois a maioria da população não acreditava que os animais pudessem veicular doenças. Entre os inúmeros sanitaristas brasileiros desse século que tiveram mérito notável no seu trabalho destaca-se o engenheiro Saturnino de Brito, considerado patrono da engenharia sanitária no país.
Em 1930, todas as capitais possuíam sistemas de distribuição de água e coleta de esgotos, várias delas obras de Saturnino de Brito. Um de seus projetos mais bonitos é a rede de canais de drenagem em Santos, construída principalmente para secar terras encharcadas onde proliferavam transmissores de febre amarela. Essa obra foi iniciada em 1907 e ainda hoje se encontra em funcionamento.
Com a rápida expansão industrial e das áreas urbanas, teve início o processo de poluição das águas, que se agravou no decorrer do tempo.
A implantação de obras de saneamento para servir a população com água potável ou recolhimento de lixo e esgoto nunca acompanhou o ritmo de crescimento das áreas urbanas.
Em conseqüência, o quadro de saúde no Brasil ainda apresenta sérios problemas.